Você está preparado para a quarta revolução industrial?

Nos últimos anos estamos assistindo a profundas transformações na humanidade e essas transformações nos colocam diante de uma grande diversidade de desafios entre eles à nova revolução tecnológica com suas implicações.

Avanços como robótica, nanotecnologia, inteligência artificial, internet das coisas, veículos autônomos, impressão em 3D, biotecnologia, novos materiais, armazenamento de grandes quantidades de energia e computação quântica vem provocando mudanças no nosso dia a dia.

A primeira revolução industrial ocorreu entre 1760 e 1840 e foi marcada, sobretudo, pela máquina a vapor. A segunda iniciada no fim do século XIX foi determinada pela eletricidade e pela linha de montagem. A terceira chegou impulsionada pelos semicondutores, informática e internet na década de 60.

Desta vez, serão os robôs integrados em sistemas ciberfísicos os responsáveis por uma transformação profunda.

Essas mudanças é o que alguns especialistas vem denominando  de a quarta revolução industrial, caracterizada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.

Segundo esses especialistas essa nova Revolução mudará o mundo como o conhecemos hoje.

“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”, diz Klaus Schwab, autor do livro “A Quarta Revolução Industrial”, publicado este ano.

Você já leu? Não! Recomendo a leitura.

A industrialização mudará de uma maneira radical e, com ela, o conceito de emprego. Os “novos poderes” da transformação emergirão da engenharia genética e das neurotecnologias, duas áreas distantes da maioria dos cidadãos comuns.

No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos relacionamos até nos lugares mais distantes do planeta Terra: a revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a distribuição de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o próprio conceito de ética.

E por que alguns acreditam que estamos no limiar de uma quarta revolução industrial?

“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)”, diz Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial e um dos principais entusiastas da “revolução”.

Há três motivos pelos quais devemos acreditar que as transformações atuais não representam uma extensão da terceira revolução industrial, mas a chegada de uma nova: a velocidade, a amplitude e profundidade e o impacto sistêmico.

A rapidez dos avanços que estão ocorrendo não tem precedentes na história e interferem em quase todos os setores de todos os países. Em termos de amplitude e profundidade ela tem a revolução digital como base e integra diversas tecnologias, levando a mudanças profundas de paradigmas e finalmente o impacto sistêmico na medida em que envolve a transformação de sistemas inteiros entre países e dentro deles, em empresas, setores e em toda a sociedade.

A Figura 1 ilustra os fatores que sustentam a convicção de Schwab de que nos encontramos no limiar de uma quarta revolução industrial.

A quarta revolução, também chamada por alguns de indústria 4.0, traz consigo um prognóstico de automatização total das fábricas – seu nome vem, na verdade, de um projeto de estratégia de alta tecnologia do governo da Alemanha, desenvolvido a partir de 2013 para assegurar a sua produção a total independência do ser humano.

A automatização ocorre por intermédio de sistemas ciberfísicos, que foram desenvolvidos a partir da internet das coisas e da computação na nuvem.

Os sistemas ciberfísicos, que integram máquinas com processos digitais, são capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar – entre eles e com humanos – mediante a internet das coisas.

A quarta revolução industrial chegou e você não estará imune a ela.

Os impactos no mercado de trabalho já vem sendo sentidos, com algumas previsões catastróficas estimando que em cerca de 10 a 15 anos quase metade das vagas de funções como operadores de telemarketing, corretores, carteiros, jornalistas, desenvolvedores de software e outras terão desaparecido, com a utilização de softwares e robótica comandados por algoritmos inteligentes. Um dado para corroborar essas previsões é a vendas de robôs. Segundo a International Federation of Robotics apenas em 2015 foram vendidos, no mundo todo, 255 mil robôs, e estima-se que em 2018 serão 400 mil.

Os software inteligentes estão chegando também ao setor de prestação de serviços. Atualmente já são capazes de conduzir veículos, atender clientes no telemarketing, preencher formulários de imposto de renda, entre outras atividades. O banco DBS com sede em Singapura, o Royal Bank of Canada e no Brasil, o Bradesco, começam a testar o Watson da IBM para atendimento aos clientes.

Na Suíça, drones estão sendo desenvolvidos para entregar documentos em regiões remotas  substituindo o trabalho dos carteiros humanos. A Amazon também está experimentando drones para entregas rápidas nos EUA. Um artigo na Fortune “5 white-collar jobs robots already have taken” indica algumas outras experiências. O editor da Robot Report diz que empresas como FedEx estudam a possibilidade de, no futuro, possuir um centro de pilotagem com poucos pilotos voando a sua imensa frota de aviões cargueiros. Estes aviões operarão como drones, já que não deverão conduzir passageiros. Em um futuro próximo até os aviões de passageiros poderão dispensar a figura do piloto.

Você já se imaginou voando em um avião sem piloto?

As mudanças serão tão profundas e tão disruptivas, para usar uma palavra da moda, que nem os professores estão imunes. O CEO da empresa de tecnologia russa Mail Ru explica que está investindo em uma startup que utilizará robôs para ensino de matemática nas escolas.

Pelo visto chegamos à era do Eu Robô de Asimov.

Tenham todos uma ótima semana!

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